Testemunho - parte 1: Jesus e eu

Oi, amores!

Hoje começo a contar pra vocês o meu testemunho em uma série de posts. Há muito tempo que recebo esse pedido aqui no Blog e lá no Instagram e agora decidi dedicar tempo a isso. Vou compartilhar com o máximo de detalhes possível, a minha história, e espero que possa inspirar e verdadeiramente ajudar vocês.

Como já contei lá no instagram, será um série. Então um post de cada vez irei contando parte por parte. E claro, que vamos começar do início (óbvio né querida rs). Onde tudo realmente começou.

Eu cheguei na igreja aos 12 anos, em junho de 2009. Até então, não tinha nada além de um grande vazio causado por uma mágoa que carreguei da minha mãe desde a infância. Isso porque aos 9 anos, em uma briga com uma tia, eu descobri que a minha mãe quis me abortar, que o meu nascimento havia sido um erro. Saber disso me fez sentir muito rejeitada e claro, ouvir de alguém que você amava que você não deveria ter nascido, doeu muito, principalmente para uma criança.

Por conta disso (da tentativa de aborto da minha mãe), nasci frágil e  desenvolvi muitos problemas de saúde quando criança, e minha infância foi marcada por muitos momentos no hospital. Sempre que estava internada ou doente, eu sentia ódio dela. Cresci triste e com mágoa da pessoa que eu mais amava: a minha mãe, com quem tinha uma relação péssima. Um dia, uma amiga que estudava com a minha irmã,  a convidou para ir a Igreja. Ela foi e na outra semana a minha irmã me chamou mas eu não quis ir. Uns três convites depois, aceitei e fui. Minha primeira reunião foi numa quinta-feira. Naquela época, era a reunião das Bodas do Grupo Jovem. A igreja estava lotada, a pregação foi sobre o fim do mundo e me impactou muito. Claro, ainda muito nova, eu não pensava sobre isso. Mas ouvir aquela palavra foi suficiente para me fazer decidir me entregar mesmo sem fazer muita ideia do que isso significava.

Tudo era novo e incrível para mim. A forma de falar com Deus com tanta sinceridade, busca-Lo mesmo me fez perceber seu Espírito pela primeira vez. Tudo me marcou aquele dia. Lembro das pessoas, do obreiro que fazia a reunião, da forma com que pregava e tudo parecia tão simples de entender, do lugar em que sentei naquela Igreja pequenininha no bairro de Edu Chaves, em São Paulo. Após a Palavra, o obreiro chamou na frente do Altar quem queria se entregar e eu fui. Não sabia o que era buscar o Espírito Santo. Não sabia nem o que era Espírito Santo. Mas expus tudo que estava dentro de mim. Falei com Ele de verdade e nunca imaginei que a presença de Deus pudesse ser tão real. Pela primeira vez, eu percebi Jesus me tocar. Não um sentimento. Não por ouvir falarem Dele. Mas de verdade. Dentro de mim.

Depois daquela busca, eu fui para casa leve. Com uma leveza e paz que nunca imaginei que pudessem existir nos meus poucos e tristes 12 anos de vida. Não sentia mais raiva da minha mãe, decidi perdoá-la ali mesmo, naquele dia. E finalmente, aquele vazio que eu não sabia explicar de onde vinha e porque existia dentro de mim, havia sido preenchido com uma vontade enorme de viver e conhecer a Deus. Eu nunca vou saber expressar o quanto sou grata por esse dia. Naquela época, jamais imaginei que passaria por tantas coisas para conseguir seguir a Ele. Não imaginava o que estava por vir, mas em nenhum momento desde então, estive sozinha.

Ali a minha vida ganhou sentido para sempre.

Desde o dia em que pude estar a sós com Ele. Jesus e eu.

Na outra semana, tomei a decisão que mudou tudo.

Conto no próximo post.

Um chêro.